quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A minha cadela

Não pertenço ao grupo de pessoas que ame indiferenciadamente os animais, nem pertenço a nenhuma associação para a sua defesa (esclareço que acho os seus princípios e trabalho muito meritórios);
-Acho cruel o seu abandono e maus tratos;
- Quando oportuno, vou fazendo campanha, entre os meus amigos, a favor da adopção, em detrimento da compra dos seus animais de estimação;
Tudo isto para dizer que o bicho (assim lhe chama o meu filho mais novo) da foto, pertence ao rol daquilo que eu gosto.
É bicho sim, e de seu nome próprio, Lucky. Em família dá pelo nome de Mademoiselle, ou melhor dizendo Mamosel.
Esta cadelita, que conhece cada expressão do nosso rosto, e distingue os diferentes tons das nossas vozes, agindo depois em conformidade, apareceu a vaguear na minha rua, há talvez uns dez anos. Abandonada! Metia dó. Tentámos resistir-lhe. Mas ela foi uma lutadora. Aparecia todos os dias, à espera da comida e do afago. Acabou por vencer. Hoje é dona e senhora do jardim, da casa, nem tanto:) Ladra a estranhos que passem na rua, como se esta fosse propriedade dela também,não há melro que ela não ameace com as suas correrias doidas,e agora, por fim, compete no ladrar, com o cão do vizinho (salvo seja, coitado do senhor, que por sinal é o meu irmão :),
Atrás dela vieram os gatos! Vadios e esquivos como eu gosto. Só aparecem à noite, com mil cautelas e depois da Mamosel se recolher! Vêm, para lhe comer a comida que ela desdenha. Ela bem que dá por eles e ladra que se farta, mas a essa hora não lhes pode chegar e a gataria sabe disso....daí a sua assiduidade nocturna.
Maria Paula

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Azulejos meus

Cá estão os azulejos de que falei outro dia ao Luís.
Comprei-os como sendo do século XIX, mas réplica de um padrão do século XVIII.
Sejam de um século ou de outro gosto deles. Gostei ainda mais, do tempo em que estive  a
tentar compor o friso. É uma loja com uma grande variedade de azulejos.
Fiquei estupefacta com o preço que atingem os azulejos Arte Nova! Estavam a ser vendidos a
30€ !!
Mas voltemos aos meus.
Como não os quero integrar na parede, e não gosto deles encaixilhados, andei a matutar na
solução para resolver o imbróglio.
Colei-os sobre  uma placa de acrílico, e ….ainda não têm sítio certo.
Gosto de ponderar antes de me decidir por situações mais ou menos definitivas.
Uma coisa é certa, vou seguir o sábio conselho do Luís e quando os fixar, não será à altura dos
olhos (confesso que me estava a preparar para o fazer), nunca tinha reflectido sobre este
ponto de vista , a altura a que se devem colocar os azulejos.
Neste momento estão simplesmente pousados em cima do rodapé.


domingo, 19 de setembro de 2010

Maçarocas

O post do Luís sobre o forno do solar,e os vários comentários que foram feitos,para além de avivarem as minhas memórias longínquas, fizeram-me recordar esta foto tirada há já alguns anos, numa pequena eira junto ao Mosteiro de Cête em Paredes.
Como hoje a acho mais bonita do que naquela altura, coloco-a aqui.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Companheiro de viagem

Por hábito, não fotografo  pessoas e muito menos à socapa. Sinto-me como se lhes roubasse a alma..Mas com esta criança não resisti...Viajámos juntos, de comboio, entre Bruxelas e Haia.Não nos conhecíamos.Mas como todas as crianças depressa entabulou conversa comigo.Para ele, não foi obstáculo a diferença de línguas.Passou grande parte da viagem(nos períodos em que não dormia no colo da mãe) a tentar ensinar-me a dizer as cores em holandês.Estendia-me um lápis de cor de cada vez, e ia enunciando o nome de cada uma delas: eu entrava no jogo e repetia, coisa que ele achava imensa piada.Houve muito desenho sarrabiscado por mim, para ele:desenhei ( logo eu que não tenho habilidade) gatos, cães, pássaros, carros, ...Quando a viagem acabou, levou consigo um bloco, cheio de desenhos que lhe fui fazendo. Eu, dele, trouxe o sorriso reflectido no vidro da janela.Hoje deverá ser um rapazinho dos seus oito ou nove anos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pires de Sacavém

Num dos últimos dias de férias,em passeio vespertino pelo Porto e na companhia de uma cunhada muito querida, que tal como eu é amante de tralhas e velharias (embora ela tenha peças fabulosas), depois de um grande périplo por casas do género, já cansadas e até um pouco frustradas porque não tínhamos comprado nada de nada (quem conhece esta sensação?), passamos por mero acaso pela rua do Almada. Para nosso gáudio,estava a abrir  a loja da irmandade Emaús, que só abre as portas ao público, a partir das 19 horas, penso que para salvaguardar qualquer  problema concorrencial.Vale  a pena entrar!
Encontra-se de tudo! Desde bicos de  velhos fogões a  ferramentas, livros, roupas,mobílias (algumas peças muito interessantes),loiças antigas e modernas, há artigos para todos o género de bolsas e gostos.Pela minha descrição, até se poderá pensar que a loja é uma grande confusão. Nada disso! A loja está muito bem organizada e as senhoras que lá estavam uma simpatia.
O pires que vos vou mostrar, estava numa prateleira,no meio de uma quinquilharia imensa. Dali, podia-se comprar até 10 artigos por 1€.Só trouxe o meu pires.Cativou-me logo pelas suas elegantes riscas azuis, e o risquinho dourado que as circunda. É de Sacavém.Com sorte, um dia, encontrarei a chávena que lhe pertence e aí a história deste pires será muito mais completa. Ah! Este pratinho tem lugar de destaque na minha sala :)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O prometido é devido.

Quando ontem visitava o  Arquitectura D'ouro vi a fotografia de um aldraba, que em tudo me fez recordar outra, por mim fotografada,há já alguns tempos, algures na região do Douro.
Prometi publicar aqui a minha foto, e como o prometido é devido...

sábado, 4 de setembro de 2010

Açucareiro branco

Este post vem na sequência de uma "conversa" no Velharias, a propósito de um lindo açucareiro do Luís, da Vista Alegre, e finamente decorado com florinhas. Claro está, que me lembrei logo do meu singelo açucareiro branco, com o mesmo formato gomado.Foi comprado na feira de velharias de Braga e foi uma autêntica pechincha. Acho que já falei dele aqui. Hoje apresento-o, pois sei que os amantes destas andanças,gostam sempre de ver, rever e apreciar estas peças que para muitas pessoas nada significam.Ainda bem que assim é:)Sobra para quem gosta. Bom fim de semana a todos

Frascos de perfume azuis

Há alguns anos, sempre que ia ao Porto, passava, passeava e perdia-me na loja dos vidros da Marinha Grande, designada por Depósito da Marinha Grande.Para quem não conhece, esta loja ocupa o rés- do- chão e o primeiro andar de uma loja com uma área razoável e que fica em frente ao teatro Rivoli. O primeiro andar está mais vocacionado para peças da Vista Alegre. Agora vou lá menos vezes; para além de haver um Depósito em Braga, não gosto muito das novas tendências dos vidros decorativos. Dos três frasco que aqui mostro, só os transparentes são da MG, o opaco, já não sei como me veio parar às mãos.