sexta-feira, 25 de março de 2011

Meia dúzia de bules...mais dois

Quantas coisas não andam esquecidas pelas nossas casas!
Quando vi o post do Fábio, em que ele nos mostrava um bocadinho da sua numerosa colecção de bules,lembrei-me da minha meia dúzia de bules e disse-lhe que os havia de mostrar aqui.
O tempo foi passando, eu ia-me lembrando que deveria fazer um post sobre o tema, mas, confesso, que uma certa preguiça em fotografar, foi adiando a intenção.

Quando há dois dias vi o pequeno bule que o Luís aqui mostra, lembrei-me de  que tenho um igual  que está, num carrinho de chá ( velharia também, como não podia deixar de ser ),na minha cozinha, no meio de uma  confusão de leiteiras e chávenas.Lembrei-me deste e de outro,muito bonito e mais antigo, talvez, o mais interessante de todos eles.

Cá estão os três primeiros.

O primeiro, o da risca azul, tem a marca imperceptível. Comparando com outro da minha cunhada, penso que poderá ser de Sacavém.
Os dois que se seguem são de Massarelos, e as marcas são muito idênticas. Dentro da sua singeleza, acho o das pintinhas irresistível.

É esta a marca de que falo e que segundo o Dicionário Marcas de Faiança e porcelana Portuguesas, situa o fabrico destes bules no início do século XX.

Dos três que se seguem e por uma questão afectiva, destaco o primeiro, o das florinhas azuis.É de fabrico inglês, da Adams, faz parte do meu serviço de café  e foi-me oferecido pelo meu irmão, quando casei. Os seguintes são do Candal (o azul) e Sacavém.

Cá está o bule igual ao da filha do Luís. Iguais, mas de épocas diferentes.

No dicionário que refiro num dos parágrafos anteriores, não consigo encontrar uma marca exactamente igual a esta; a mais parecida, refere o período de fabrico como sendo entre 1910/17.

 E por fim o mais antigo. Não tem marca, só as marcas do tempo e acho-o muito bonito. Nem me atrevo a especular sobre a sua origem !!Mas gostaria de ouvir algumas opiniões :)

Comprei-o num site de leilões, e o vendedor referia o século XIX ,como sendo a data de fabrico.
Quando o recebi, fiquei admirada como tamanho. Muito mais pequeno do que qualquer bule, mas também muito maior do que este da Vista Alegre.

Também me questiono, para que serviria este bule. Talvez, como sugere a Maria Andrade, fosse usado para servir doses individuais de chá! Quem sabe! Têm um mérito, as peças não marcadas. Estimulam a imaginação, divagamos, pesquisamos e quantas vezes, desta forma,  partimos de descoberta em descoberta, aliviamos os aborrecimentos do dia a dia, ....bem :) bom fim de semana a todos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Primavera

Celebrando o início da Primavera, mostro uma flor da minha terra. Uma flor de imbondeiro que só em raríssimas ocasiões tive oportunidade de ver ao vivo, uma vez que, estas árvores, não pertencem à flora da minha região, o Amboim,  que é caracterizada por frondosas árvores de grande porte, à sombra das quais nascia (ou nasce?) o café.

 Como a natureza é perfeita , (perfeita e destruidora, lembrando o Japão, impossível não o fazer...), tudo no imbondeiro está em proporção.Da descomunal árvore nascem enormes flores, que, consequentemente dão origem a frutos, também eles muito grandes. As crianças, gostavam de comer estas mukuas,os papás, não achavam grande piada...

Uma boa semana a todos, e que a Primavera tenha vindo para ficar!! :) Já basta de Inverno, estação que oprime e  entristece.
Por fim, resta-me dizer que estas fotografias são da autoria de um amigo, que nunca deixou Angola.

terça-feira, 15 de março de 2011

Pinhas, urnas e estatuetas no Algarve

Num recente passeio ao Algarve, dei comigo, durante a viagem, a pensar que não tenho fotografias digitais desta região, já que, há muitos anos ali não vou. Tenho muitas sim, mas  do tempo das máquinas analógicas e em que os meus filhos eram o tema principal das minhas fotos.

Pensei nas belas chaminés rendilhadas, nos ninhos de cegonhas, batentes, portas, enfim  ia entusiasmada com a possibilidade de ter  novos e variados temas para fotografar.O que eu nunca pensei, foi, encontrar tantos e tão variados adornos, no topo das antigas casas, algumas delas, infelizmente, muito degradadas.

As primeiras pinhas que vi, e que mostro a seguir, estão no topo de um hotel, cujo edifício foi recuperado, mas sem grande charme; salvam-no, o friso de azulejos e as pinhas, que de imediato me fizeram recordar a que o Luís nos mostrou neste post do seu blog.

Outra pinha do mesmo edifício


 A localização desta pinha (numa varanda e mão num terraço), faz-me desconfiar, que estas peça, não serão originárias deste edifício.


As fotografias que se seguem foram tiradas em Loulé, cidade mais interessante do que Faro, mais típica, mais cuidada. A primeira, é uma panorâmica de um edifício no centro da cidade,ornamentado com duas taças e um busto, que acho lindo e diferente do habitual.

 Dois pormenores do busto. 
Se ampliarmos as imagens, consegue-se perceber, o que me parece ser um turbante de frutos.Nesta fotografia, pode-se ainda ver as balaustradas, elemento praticamente comum a todos os edifícios que fotografei.



 Uma a taça do mesmo edifício, com relevos vegetalistas, que me parecem folhas de videira e cachos de uvas.
Ainda em Loulé, uma estatueta, num outro edifício, não muito distante do primeiro.

Rumando para Vila Real de Santo António,mas sem antes passar por Tavira, tive oportunidade de fotografar mais este adorno, com uns pormenores fantásticos.


Já em Vila Real de Santo António, que está transformada numa grande feira, dei de caras com esta estatueta. A casa que a alberga, está bem conservada, forrada a azulejos muito bonitos e com um ferro forjado muito interessante.
Muito ficou por fotografar, com bastante pena minha, até porque, estou convencida, que algumas das casas que vi, e fotografei, não demorarão a desaparecer.
Aqui em Braga, este tipo de adorno não é vulgar, e as poucas que consigo ver são em granito. Prometo,fotografar algumas e mostrá-las aqui. É bem verdade que santos de casa não fazem milagres...