domingo, 6 de maio de 2012

Travessa de faiança

Nas minhas deambulações por feiras e casas de velharias encontrei esta travessa na mesma casa onde comprei estas tampas e estas. A casa continua muito bem recheada, mas, quanto a mim, demasiado atravancada, não se podendo circular por ali, sem o receio de partir alguma das peças. Bem, com muitas cautelas e atenção redobrada à minha carteira  não fosse derrubar alguma coisa, lá fui olhando, evitando mexer, até porque, sou franca, não ia com intenção nenhuma de comprar fosse o que fosse.
Numa das prateleiras mais à mão, vi uma pilha de travessas, onde descobri a protagonista de hoje.Depois de um ligeiro abatimento no preço, resolvi-me a comprá-la. Acho-a bonita e com uma decoração pouco frequente. 

Há qualquer coisa nestas linhas onduladas e nas cores utilizadas que me faz lembrar a decoração de alguns  ratinhos. Disparate certamente, mas a associação de ideias foi inevitável.
Coloquei-a  na cozinha, junto dos pratos Maria Isabel,. Gosto de ver ali as três peças, com o seu fundo claro. Por aquele sitio já foram passando várias peças, a última das quais, uma tampa de terrina em tons de castanho da fábrica Alcântara. Até ver, esta travessa é a que fica melhor neste conjunto.

8 comentários:

  1. Olá Maria Paula.Boa aquisição, de facto a decoração lembra alguma usada na pintura dos "ratinhos" ,como não mostrou o tardoz, analisei o esmalte e a palete de cores, julgo sem margem de dúvidas que se trata de faiança de Aveiro.A ideia de a mostrar sobre o comprido à 1ª impressão faz lembrar um pratão, o seu "olho" clínico para a fotografia!
    A meu ver fica lindamente enquadrada com os pratos a que deu o meu nome - uma graça que não mereço - da fábrica do Outeiro de Águeda, o 1º que comprei há mais de 30 anos.

    O conjunto da faiança na coluna fica um espanto.

    Beijos

    Isabel

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  2. Olá Maria Isabel
    Também reparei que a primeira fotografia cria uma certa ilusão ótica e a travessa que mede 30x21cm, parece redonda.Naquele mesmo espaço, já tive uma "cantão popular",colocada horizontalmente e não gostei, não só por causa da posição, mas também, porque a cor azul e a decoração muito própria nada tinham nada a ver com os pratos criando uma certa desarmonia. Na parede do outro lado, equivalente a esta, só tenho um cesto muito curioso que a minha irmã me trouxe há muitos anos da Turquia que é alongado, tipo manga e tinha como função transportar laranjas.Já ponderei tirá-lo dali e colocar alguma peças de faiança, mas ainda não me decidi.
    Beijos e boa semana

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  3. Realmente a sua travessa tem alguns laivos da louça dita "ratinha" (antes, chamava-lhes "ratinhos", mas, lendo sobre este tipo de louça, reparo que aquele é um termo que vejo muitas vezes a ela associado, consequentemente, decidi apropriar-me igualmente dele, porque até o acho mais bonito).
    Olho para a decoração da sua travessa e lembra-me a da congénere coimbrã.
    Não se coíba de colocar faiança pelas paredes da sua cozinha Maria Paula, pois este tipo de utilização destas peças tem o condão, como diz o Luís, de fazer esquecer a fealdade dos azulejos com que revestem os nossas "zonas molhadas", onde abundam aqueles horrores tipo "Isabel Presley".
    Que são higiénicos e fáceis de limpar, lá isso não há dúvida, mas também fazem um espaço simpático parecer estereotipado e sem a graça do nosso cunho pessoal, o qual só é possível graças ao uso da imaginação e criatividade.
    Por isso, carregue a parede livre, superior, com faiança e verá como as pessoas até se esquecem do que está para baixo :-)
    Na casa onde habito em Lisboa, tenho uma cozinha pequena, e as paredes estão inundadas (tenho de "agradecer" o favor aos anteriores proprietários) desses tais azulejos estereotipados e sem imaginação, enormes e que imitam a venação dos mármores (como detesto que uma coisa pareça aquilo que não é ...); a rematar existe um friso pindérico, também de azulejo, com um padrão qualquer geométrico, mais colorido (grrrrrr ....).
    Não descansei enquanto não me apropriei da parte superior das paredes, onde exponho quase uma centena de peças de faiança, que cobre a superfície de uma forma quase contínua (não cabem mais, se coubesse ...)
    Resultado: ninguém repara no que se passa em baixo e, quem entra no espaço, fica como que atordoado, mas de uma forma agradável, pela intimidade e colorido que tais elementos irradiam.
    Na sala de jantar repete-se o padrão, só que com porcelanas, mas aqui à mistura com outros elementos, claro.
    Uma boa semana
    Manel

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  4. É dícil dizer que tipo de prato é esse. Parece familiar dos Ratinhos, mas não é bem a mesma coisa. Tenho um prato também com motivos geométricos que comprei à Marília, algo semelhante a esse, mas não consigo perceber o que é, aliás foi uma das razões que nunca o mostrei no blog.

    No Norte houve também uma fábrica que produziu pratos cheios de geometria, creio que o Carvalhinho. Recordo que já vi uns quantos parecidos em leiloeiras atribuídos ao Carvalhinho.

    Beijos

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    1. Olá Luís
      Associei de imediato esta travessa aos "ratinhos", mas não passou de isso mesmo.
      Não me parece que travessas fizessem parte dos haveres dos humildes migrantes que deram o nome a estas faianças. Mas seja de Coimbra, Aveiro ou Norte, o importante é o prazer que se tem em possuir peças que por um ou outro motivo nos encantam.
      Beijos para si e bom fim de semana que já se faz adivinhar

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  5. Manel
    Completamente de acordo quanto aos azulejos "porcelanosa". Fizeram furor há uns anos e também sempre embirrei com eles.
    Como bem reparou e agradeço-lhe desde já a sugestão, a parede que refere está realmente muito despida e, como enquadra uma porta,as faianças aí colocadas ficarão certamente muito bem. Aliás é o que acontece com a pequena parede da sala de jantar que confina com a cozinha e onde coloquei as tampas que já conhece.Só tenho pena de que na mesma parede esteja colocado um convetor do aquecimento central (que raramente uso), que me impede de ali colocar um móvel à dimensão da parede, e que eu acho, que ajudaria a enquadrar a decoração. Só quando se acaba de construir uma casa é que nos apercebemos de certos erros, que, ou não demos por eles, ou se demos, no meio de tanta coisa não se valorizou.
    Um resto de boa semana.

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  6. Olá Maria Paula,
    Ainda não tinha vindo aqui comentar a sua travessa porque não tinha nada a acrescentar ao que já foi dito e, como sabe, para mim estas faianças são uma grande incógnita...
    Acho inevitável a associação com os Ratinhos de padrões geométricos, mas parece mais recente e tem uma das cores, o vermelho, que nunca vi em Ratinhos.
    De qualquer forma é uma bonita peça de faiança e na minha opinião aquele local da coluna não a favorece muito, precisava de ter mais largura de coluna ou parede a enquadrá-la melhor...
    Hoje vim aqui porque vi um prato parecido com a sua travessa no blogue do Joaquim Malvar, "Solar de Vilartão"
    Vou-lhe deixar aqui o link:
    http://solarvilartao.blogspot.pt/2012/05/o-solar-de-vilartao-passagens-secretas.html

    Pode ser que o Joaquim Malvar saiba alguma coisa sobre o prato que lhe dê pistas sobre a sua travessa.
    Beijinhos

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  7. Olá Maria Andrade
    Muito obrigada pelo link. Já lá fui espreitar e de facto o prato do Joaquim Malvar tem muitas parecenças com a minha travessa. Achei engradaçado, que na mesma mesa se pode ver um prato que também acho parecido com o meu de aba raiada http://ascoisasdequeeugosto.blogspot.pt/2011/11/prato-com-aba-raiada.html)

    Já tinha pensado que a travessa parece "apertada" naquela coluna, depois de ler o seu comentário fui olhar com olhos de ver e não há dúvidas, precisa de mais espaço, mas como ainda nenhuma peça consegui ali lugar cativo,numa próxima arrumação, certamente que lhe arranjarei lugar adequado à sua dimensão.
    Beijos e boa semana

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