Considero
este prato de decoração sóbria, um dos mais elegantes da minha modesta coleção e
ao contrário deste, acho que teve assento em casa fina e de gente de gosto
requintado.
Tenho
também a convicção de que se poderá tratar de um prato mais antigo do que
aqueles que habitualmente compro, ou seja, primeira metade do século XIX. Será?
Sabem
que dificilmente me abalançarei a opinar sobre origens ou antiguidade de uma
peça, se não houver marca que me permita alguma pesquisa. Então, o que dita esta convicção? Duas
coisas.
Toda
a decoração, especialmente o motivo central a fazer lembrar as albarradas e a
forma cuidada como foi aplicada a técnica de pintura. Esta última faz-me supor
que não haveria ainda uma produção em série, mesmo que manufacturada. Um
pormenor que poderá ser interessante para os especialista é o filete amarelo
que define o bordo do prato.
O
tardoz apresenta uma transparência fora do comum e poderá ser, talvez, um pormenor importante para a datação deste prato.
De datação não precisam estes meus amores-perfeitos, que hoje deixo aqui para lembrar as giestas amarelas, com que eu em criança tapava as fechaduras de casa, para o diabo não entrar.:) Um bom dia de “maios” a todos.