terça-feira, 26 de setembro de 2017

Polegarzinha - Uma inspiração ou não


— Que linda flor! — disse a mulher, dando um beijo nas pétalas vermelhas e amarelas. Nesse preciso momento, a flor abriu-se com um forte estalido. Era realmente uma túlipa — agora via-se bem —, mas mesmo no centro da flor, no centro verde, estava sentada uma menina minúscula, graciosa e delicada como uma fada. Não era maior que metade de um polegar, e por isso ficou a chamar-se Polegarzinha.

Imagem retirada daqui

E assim começa a história da "Polegarzinha" de Hans Christian Andersen, um clássico da literatura infantil, tantas vezes  por mim lido e recriado às minhas crianças. Conta as aventuras e desventuras de uma menina tão pequenina cuja cama é  uma casca de noz e que tem como desejo principal encontrar alguém do seu tamanho. Ao fim e ao cabo, um desejo igual ao do comum dos mortais, este, o de encontrar alguém com quem nos identifiquemos e onde prevaleçam as afinidades. 



Creio não ser muito rebuscado associar a decoração deste prato à história que acabei de referir. Comigo a associação foi automática e, posteriormente, prendi-me mais a observar a técnica de estampilha aqui utilizada.

Como terá sido executado o motivo central? Com uma única estampilha a dar forma a esta decoração, ou antes, uma composição feita com recurso a  diferentes placas?

Inicialmente inclinei-me para a segunda hipótese, mas o recurso a várias chapas talvez tornasse o trabalho mais complexo, menos célere e provavelmente este tipo de louça "andadeira" não justificasse  o uso de uma  técnica que baixasse a produção. Puras conjeturas!